O setor público está pronto para dar um passo além?
O SAFe (Scaled Agile Framework) já é amplamente usado em grandes empresas privadas, mas sua aplicação no governo ainda gera dúvidas. Este é o primeiro artigo de uma série sobre como o SAFe pode transformar a forma como o setor público brasileiro entrega valor à sociedade.
O que é SAFe e por que isso importa?
O SAFe é uma estrutura criada para escalar práticas ágeis em organizações complexas. Ele combina princípios do Lean, Agile e DevOps para aumentar a eficiência, melhorar a qualidade e acelerar entregas — da equipe à organização como um todo.
Mas se funciona no setor privado, será que serve para o governo?
Essa é a pergunta que vamos começar a explorar.
O SAFe pode funcionar no Brasil?
A adoção do SAFe no setor público brasileiro já está em andamento. Eventos como o SAFe Day Brazil e o Agile Trends GOV mostram que a conversa sobre agilidade no governo está crescendo.
Mais que isso, instituições como Banco do Brasil, Petrobras, Banestes, SEFAZ-SP e BRB já vêm adotando práticas ágeis em larga escala. Especialistas apontam que o SAFe ajuda órgãos públicos a obter melhores resultados para seus stakeholders, superando desafios como:
- Estruturas de governança rígidas
- Processos burocráticos
- Resistência à mudança
O que muda no setor público?
Diferente do setor privado, o objetivo não é gerar lucro, mas entregar valor à sociedade com responsabilidade e eficiência. O sucesso da adoção do SAFe no governo depende de uma gestão inteligente dos recursos públicos e da capacidade de entregar soluções com impacto real para a população.
Por que mudar agora?
A transformação digital no setor público é parte de uma estratégia maior. Hoje, diversas iniciativas de governo já buscam alinhar suas entregas com objetivos estratégicos por meio de OKRs (Objectives and Key Results). Eles permitem foco, clareza de metas e mensuração de resultados — exatamente o que o SAFe pode reforçar com sua abordagem estruturada.
E mais: para que inovação seja mais do que discurso, é necessário um modelo que dê suporte à experimentação e ao aprendizado contínuo. O framework COIN (Cocriação, Experimentação, Inovação orientada por dados e Navegação adaptativa) pode complementar o SAFe como um catalisador de inovação no setor público.
COIN + SAFe = agilidade com propósito.
Um modelo que une execução estratégica com inovação responsável, colocando o cidadão no centro da solução.
E agora?
Essa é a nossa proposta: pensar o SAFe além das empresas privadas, como uma peça-chave para modernizar a forma como o governo brasileiro trabalha.
Ao longo desta série, vamos aprofundar os papéis, práticas e adaptações necessárias para uma implementação realista, eficiente e conectada com a realidade pública.
Você vem com a gente nessa jornada?