Com foco nas prioridades do contratante, o Agile facilita a troca de informações entre as partes envolvidas no projeto, minimizando o impacto de possíveis alterações durante o processo de desenvolvimento.
Cada vez mais presentes no mercado, os projetos elaborados através das metodologias ágeis conquistaram os profissionais do segmento de TI. O que pouco se divulga são as vantagens que a aplicação do Agile traz para quem contrata, já que as metodologias priorizam os desejos do cliente, baseando-se nas funcionalidades que mais entregam valor para o negócio.
O constante planejamento e a maior interação com o contratante resultam em um projeto com mais qualidade e, muitas vezes, abreviam o tempo de retorno do investimento realizado. Porém, não deve se confundir a agilidade proposta pelo Agile como uma alternativa para a entrega do projeto em menos tempo. “O primeiro ponto que se deve observar é que os métodos ágeis não devem ser a finalidade do projeto e sim um meio para atingir um objetivo maior, que é a entrega de valor para o cliente o quanto antes. Assim, o software é pensado de forma que nas primeiras iterações já seja possível colocar partes em produção”, explica Marcelo Barros, consultor para metodologias ágeis da Adaptworks.
De acordo com Barros, em um projeto que se utiliza de metodologias tradicionais é necessário um grande esforço para pensar na solução completa, em todas as suas possibilidades e características, para, só então, desenvolver, testar e, finalmente, entregar. “Passam-se meses e, na velocidade que o mercado exige hoje em dia, talvez aquela solução exaustivamente pensada não faça mais tanto sentido para o negócio envolvido. Aí entram as negociações de alteração de escopo, contratos de melhorias e projetos que nunca tem fim, pois o software construído nunca consegue alcançar a velocidade do mercado em questão”, diz.
Já o projeto que se utiliza de metodologias ágeis trabalha com a priorização de um backlog de desejos do cliente, baseado nas funcionalidades que mais entregam valor para o negócio. Desta forma, é possível ter um software funcionando e em produção já nas primeiras entregas.
Ou seja, o software tem potencial para começar o uso desde o início e agregar valor ao negócio do cliente enquanto ainda está em processo de evolução. “Gosto de usar o termo “evolução” para o software, pois a partir do momento que esteja em produção, é possível avaliar o quão a realidade com o produto está aderente aos desejos iniciais do cliente, que pode incluir novas funcionalidades, pedir alterações no que já foi entregue, entre várias outras possibilidades. Em outras palavras, o cliente tem muito mais controle sobre o produto. Essa participação é fundamental para otimizar o investimento financeiro realizado no projeto, evitando gastos desnecessários”, conclui Barros.
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