Entenda neste artigo como o Employer Branding está se tornando um aliado para as empresas que estão passando por processos de transformação ágil.

Um dos termos da moda é o Employer Branding e de fato atrair talentos, manter colaboradores motivados e conquistar a lealdade e admiração das pessoas como uma “marca empregadora” compõe alguns dos aspectos mais desejados pelas empresas. 

Por se tratar de um conceito já conhecido, mas pouco aplicado, acreditamos que ainda há muito o que ser dito sobre este tema tão importante e atual.

Pensamento Lean-Agile

Um dos equívocos mais comuns, é achar que Employer Branding é somente para atrair talentos. Certamente não é!

Este conceito convida a sua organização a pensar em toda a jornada do colaborador, seja ainda na fase de candidato, passando por todo o ciclo do colaborador e até mesmo após o desligamento. 

Trabalhar a sua marca empregadora significa estabelecer valores e diferenciais e trabalhá-los diariamente, comunicando e praticando cada um deles.  

Employer Branding não é só responsabilidade do RH. É um trabalho em conjunto com C-Level, Marketing, TI e obviamente o RH que fará parte deste movimento. 

Mas qual relação entre Employer Branding e o contexto de agilidade organizacional? 

Separamos abaixo alguns pontos que estão presentes no pensamento Lean-Agile e que também vão de encontro ao Employer Branding.  

Empresas mais humanizadas e valorização das pessoas 

O manifesto ágil escancarou a importância das pessoas trazendo à tona a discussão das motivações intrínsecas, comunicação face-a-face e a construção de boas soluções em torno de indivíduos motivados e equipes auto-organizadas. 

Colocar as pessoas no centro desta discussão é uma forma de demonstrar respeito e humanizar as empresas. 

Lembre-se que o Employer Branding também chega para redefinir o termo “talento” e provoca a organização a se preocupar de forma genuína com a sequência de carreira do colaborador e também se conecta a estratégias para amenizar a dor de quem foi desligado da empresa. 

Feedbacks rápidos

Se o ágil promoveu pequenos ciclos para lidar melhor com a complexidade da construção do software e das expectativas do cliente, então se faz necessário criar uma cultura de feedbacks e estabelecer novos acordos. 

Dar atenção a pontos até então não pensados como, por exemplo: Colher o feedback do candidato a respeito da sua percepção do processo de contratação. Isso pode parecer uma ação pequena, mas não é. 

E não menos importante, entender também qual é a percepção dos seus funcionário após o desligamento. Esse é um feedback valiosíssimo para o RH.

Times perenes

O ágil reforça a ideia de times perenes, ou seja, os times tem longa vida e não são mais montados e desmontados sob demanda. 

A tal lealdade, que é um dos objetivos do Employer Branding, fortalece esta ideia, afinal, profissionais leais tendem a ficar mais tempo na organização porque se sentem parte dela. 

Manter as pessoas dentro da organização por mais tempo oferece uma série de benefícios como, por exemplo, manter alguém que já foi treinado, que conhece os valores da empresa e que já passou pela curva de aprendizado.  

Todos estes elementos favorecem a continuidade e estabilidade dos times. 

Vantagem Competitiva

Em um mundo que está sendo invadido pela internet das coisas (IoT), profissões desaparecendo e outras surgindo, novos hábitos de consumo sendo criados em um mercado extremamente volátil e competitivo ter uma marca atraente é um enorme diferencial.  

O Google, que é uma das precursoras deste tema, recebe anualmente algo em torno de 3 milhões de candidatos sendo que apenas 7 mil são contratados. 

Por esses números já dá para começar a entender que o Google realmente tem times extremamente fortes. 

Atrair e manter bons profissionais é questão de sobrevivência hoje em dia. Não se esqueça que seus colaboradores são o seu Employer Branding. 

Gerar Valor

Na base do Lean aparece o valor. “Enxugar” é importante, mas o Lean se preocupa muito com valor. 

Bons profissionais motivados em um bom ambiente que desperte a tensão criativa terão muito mais chances de pensar e elaborar soluções interessantes.

Certamente terão mais habilidade para buscar novas alternativas e criar produtos inovadores que geram valor para os acionistas, para a sociedade e para o cliente final. 

Conclusão

Com sinais claros de que a competição por talentos está se tornando cada dia desafiadora, muitas organizações estão voltando sua atenção para o fortalecimento de suas marcas como empregadoras, a fim de atrair e reter os talentos que precisam. 

Entender que Employer Branding é uma jornada que envolve toda a organização e que inicia antes da contratação e termina depois da demissão, é o primeiro passo.  

Logo, empresas que estão adotando o ágil, perceberão que há muito mais elementos em comum com Employer Branding, do que elas imaginam.  

Muito da cultura ágil e de suas práticas, já reforçam e estimulam uma conscientização a respeito de pertencimento e colaboração, tanto das pessoas quanto de grupos, a base do Employer Branding.  

Enfim, tornar a empresa atrativa com uma reputação sólida e forte Employer Branding se tornou uma grande realidade das empresas que estão passando por processos de transformação ágil.  

Sua empresa já trabalha o Employer Branding? Deixe seus comentários. Até a próxima!

Diego Bonilha

Sou instrutor oficial da ICAgile e SPC (SAFe Practice Consultant). Tenho experiência como desenvolvedor, líder, gerente de projetos e Scrum Master. Agilidade em escala e novos modelos de gestão em um mundo em constante evolução são assuntos que me fascinam e por isso busco. apoiar a mudança organizacional das grandes empresas em diferentes níveis

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