É cada vez maior o crescimento das mulheres no mercado de trabalho. Nesse cenário elas estão se lançando e buscando projeção nas suas carreiras e independência profissional. Os dados levantados pelo IBGE através da População Economicamente Ativa (PEA) de 2010, mostrou que quase 50% das mulheres estavam ativas no mercado de trabalho. Um passo enorme se comparado a 30 anos atrás, por exemplo.
Mesmo com o crescimento feminino no mercado de trabalho, muitas diferenças são evidentes entre os gêneros. As mulheres ainda estudam mais, ganham menos e trabalham tanto quanto ou mais do que os homens. Além disso, existem ainda as divisões de “quais áreas as mulheres mais se enquadram”, como as humanas. Enquanto exatas “são voltadas” para os homens, ficando ainda menos receptivas às trabalhadoras femininas, como o caso de TI.
É importante ressaltar que existem muitas mulheres de referência em todas as áreas, que contribuem para o avanço dos setores. No caso da Tecnologia, muito se ganhou graças à inteligência e o trabalho feminino. O primeiro algoritmo da história foi desenvolvido por Ada Lovelace, por exemplo.
Algumas das mais importantes linguagens de programação foram criadas por mulheres. Foi a Irmã Mary Kenneth Keller gerou o BASIC, Grace Hopper é a mãe do COBOL. E a tecnologia usada nos telefones celulares e nas redes WiFi? Trabalho da inventora e atriz Hedy Lamarr!
Mas por que elas ainda são tão poucas na área? As mulheres que tanto consomem tecnologia, não fazem parte da sua produção. Segundo Simone Pittner, Agile Transformation Coach da Adaptworks, existem problemas de gênero e preconceitos que são barreiras para as mulheres em TI. “Mesmo com o aumento da presença feminina no mercado, ainda não reflete o total da população brasileira, composta por 51% de mulheres”.
Os meninos são incentivados desde novos a estarem em contato com jogos, computadores e tecnologias, enquanto às mulheres são levadas a outras áreas. “Historicamente engenharia e tecnologias são assuntos de meninos. Essa mudança cultural precisa de um aumento de iniciativas para atrair mais mulheres. Desde a criação de brinquedos, do tipo que a empresa americana GoldieBox propõe, até políticas no ensino superior, equiparação salarial pela parte das empresas e campanhas político-sociais inclusivas”, finaliza Simone.
É preciso mudar o mindset das empresas para que as mulheres sejam aceitas e acolhidas em qualquer tipo de mercado.
Mulheres em ascensão
Em qualquer área que seja, os profissionais se aperfeiçoam e procuram novos rumos para suas carreiras, crescimento pessoal e profissional. Uma dessas formas é buscando cursos, certificações e treinamentos.
E é exatamente isso que a Adaptworks oferece. Os treinamentos ministrados são voltados para todos os públicos que desejam se aperfeiçoar e crescer. Nossos últimos seis meses refletem um aumento de procura do público feminino, mas ainda longe dessa participação ser equiparada a masculina. Durante o período, tivemos uma média de 39% de participantes femininos em nossas turmas.
Ressalta-se o crescimento da presença feminina nos treinamentos de Gestão de Produtos, com destaque para o “SAFE Product Owner – Product Manager” e do treinamento “Agile Testing”, dentro do grupo Testes e Qualidade.
No grupo de Gestão e Liderança percebemos variações de cerca de 15% na presença feminina dos treinamentos durante os meses avaliados. Destaque para “Certified Agile Professional”, “Kanban” e “Management 3.0”.
Porém, mesmo com o aumento de participação, a média desse grupo de treinamentos ainda é baixa. Comparando homens e mulheres, temos apenas 30% de público feminino.
Em Gestão de Projetos, notamos a variação de 7% na participação entre os cursos ministrados nesse viés, e média de participação feminina de apenas 15%. Muito abaixo do total de homens participantes.
Notamos então, que mesmo diante de um aumento da participação de mulheres, algumas áreas ainda sentem muita falta das mesmas.
Liderança e Projetos é exemplo disso. Não só nos cursos e treinamentos, também na prática do dia a dia do mercado.
Sabemos que a participação feminina agrega inovações das equipes, e o número de mulheres no mercado de trabalho tende a aumentar a cada ano. O desejo é que não apenas março seja o mês das mulheres, mas que todos os dias do ano sejam delas. Alcançando cargos de liderança e conquistando os mesmos direitos e benefícios que os homens.
Na área de exatas, humanas ou biológicas, afinal, quem nos dias de hoje não sabe que lugar de mulher é onde ela quiser?