Será que as suas User Stories são boas o suficiente para INVESTirmos nelas?
Pois é, esse acrônimo I.N.V.E.S.T. nos ajuda a escrever e repensar a escrita das nossas melhores User Stories.
Vejamos o que significa cada letra dessa técnica:
INDEPENDENT (Independente)
Para que as suas User Stories sejam independentes elas não podem depender de nenhuma outra para ser implementada.
Se não respeitarmos este critério corremos o risco de carregar uma série de outras histórias de usuário a medida em que o Product Owner prioriza uma determinada história.
Agora sejamos francos. É fácil atingirmos este critério?
Acredito que não, no entanto, vale a pena colocar alguma energia para chegar o mais próximo possível desta tal independência.
NEGOTIABLE (Negociável )
Quando escrevemos User Stories partimos do princípio que nem todos os detalhes estarão escritos.
Mais importante do que isso é manter o foco na necessidade.
Outro aspecto muito relevante é que as histórias podem ser escritas a quatro mãos.
Em algum momento criamos uma ideia equivocada de que a escrita é responsabilidade exclusiva do Product Owner, porém, é um desperdício não aproveitarmos todo o capital intelectual do próprio time para também escrever e apoiar a escrita de histórias e é por isso que a negociação é importante.
VALUABLE (Valiosa)
Todas as User Stories têm que gerar valor para o usuário!
Sim! Para o usuário, afinal de contas estamos falando de histórias de usuários.
De todas as letras que compõe este acrônimo este talvez seja o mais importante.
Esqueça aquela ideia de escrever histórias de front-end, banco de dados e coisas do gênero. Podemos tratar isto através da escrita de outros artefatos.
ESTIMABLE (Estimável)
Os times têm que ser capazes de estimar as histórias e para isso elas precisam ser claras e pequenas.
Então, o foco não é exatamente a sua estimativa, mas sim o quanto somos capazes de fazer isso ao ler e discutir a história.
SMALL (Pequena)
Ser PEQUENA se conecta diretamente com ESTIMÁVEL que comentamos anteriormente.
Partindo do princípio de quanto menor o lote de trabalho melhor a sua previsibilidade, se a sua história obedecer a este critério, o time pode ter mais facilidade em estimar.
Pensar SMALL te orienta a uma escrita mais objetiva e concisa.
Aqui há um benefício direto para o Product Owner. A medida em que suas User Stories ficam prontas ele já pode degustar, digamos assim, daquela pequena implementação.
Então, se a história é SMALL, a tendência é que ela chegue mais rápido nas mãos dele enquanto o time se concentra em outras pequenas partes.
TESTABLE (Testável)
Se a sua história pode ser testada em toda a sua plenitude então ela atende a este requisito.
As condições necessárias para fazer a sua validação normalmente estão indicadas nos critérios de aceitação.
Melhoria Contínua
Honestamente eu não gosto de pensar o acrônimo INVEST como um check list onde a sua história só pode ir para uma “planning” do time quando atende a 100% destes critérios.
Mas para dar um empurrãozinho na velocidade em que as suas User Stories melhoram eu adicionaria a técnica INVEST no seu DoR (definition of ready).
Fazendo isso você terá que refletir a escrita das histórias antes de colocá-las na arena.
Mais importante do que a técnica em si, é você trazer um dos pilares do Mindset Ágil aqui neste contexto: Melhoria contínua!
Por isso que pensar em um trabalho evolutivo é mais interessante do que em um check list.
A medida em que você vai aprendendo a respeito do seu produto e alimentando o seu Backlog, a tendência é que a qualidade na escrita das User Stories melhore ao longo do tempo.
Bora escrever User Stories com o INVEST!
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