O House of Lean é uma metáfora para a “Casa do Sistema Toyota de Produção” e pode ser considerado como uma junção de pensamentos e práticas necessárias para envolver as equipes e ampliar a qualidade, o engajamento e a produtividade.


Para falar do House of Lean do Scaled Agile Framework, vamos adotar o conceito da casa. O “telhado” é o objetivo de entregar valor. Conceitos como o respeito pelas pessoas e pela cultura; o fluxo; a inovação e a melhoria implacável para apoiar o objetivo são pilares. E a liderança Lean é a fundação que sustenta todos os pilares. Vamos entender cada um deles?

Vamos começar pelo respeito pelas pessoas e pela cultura. É bom lembrar que esta regra é básica para qualquer comportamento, mas traz benefícios também para as organizações – inclusive no relacionamento com fornecedores, parceiros, clientes e a comunidade como um todo.

A mudança de cultura deve partir primeiro da empresa e dos líderes, e é função desses gestores desafiar as pessoas a mudar e orientá-las sobre a melhor forma de trabalhar – pois elas, na ponta, tocam as melhorias, na prática.

O segundo pilar do House of Lean é o fluxo contínuo de trabalho, que tem a ideia de gerar entrega de valor mais rápida, práticas de qualidades efetivas, aprimoramento e governança baseada em evidências.

Para executar bem, é preciso entender o fluxo de valor; ver e limitar o Work in Process (WIP); reduzir os lotes e gerenciar as filas.

Como podemos perceber, no House of Lean um item está ligado ao outro. Exemplo disso é o terceiro vetor que iremos analisar, o da inovação. A questão organizacional é importante, mas está longe de ser a única etapa: é preciso ir além, com engajamento em diversas frentes.

Os líderes devem sair de suas salas e ir a campo, analisando, na prática, como o valor é produzido e os produtos são criados e usados.

Estimular a criatividade também é fundamental: é preciso dar tempo e espaço para que as pessoas inovem. Isso não acontece se as pessoas precisam solucionar problemas urgentes em 100% do tempo.

Explorar continuamente as necessidades do mercado e dos usuários, com definição de visão, roteiro e conjunto de recursos, também é importante, além da “contabilidade da inovação”: métricas com feedback rápido.

O quarto pilar do House of Lean serve para estimular outro ponto muito importante para o desenvolvimento de qualquer ação: o aprendizado e o crescimento. Isso ocorre por meio de reflexões contínuas e aprimoramento de processos.

Quando a empresa enxerga no retrovisor um perigo competitivo, ela busca oportunidades de melhoria de maneira mais assertiva.

Para tanto, equipes e líderes precisam otimizar o todo, e não as partes específicas do processo e do desenvolvimento; considerar tudo com cuidado, mas ao mesmo tempo agir de forma ágil; aplicar o House of Lean para determinar a raiz dos problemas e corrigir na origem; refletir os principais marcos para lidar com os problemas em todos os níveis.

Por fim, a fundação que sustenta todos esses pilares: a liderança. Ter a capacidade de liderar é fundamental para que a equipe tenha sucesso. Isso se reflete nas novas maneiras de pensar, de forma enxuta.

Segundo o próprio conceito do House of Lean, os gerentes acabam sendo líderes, com competência nas práticas básicas, assumindo papel ativo na condução das mudanças, facilitando melhorias implacáveis e eliminando, de forma proativa, os impedimentos.

Uma outra referência de consulta é o site da Scaled Agile Framework, que também tem uma boa explicação sobre esse tema.

O que achou do House of Lean, deixe seus comentários abaixo.

Até a proxima!

Diego Bonilha

Sou instrutor oficial da ICAgile e SPC (SAFe Practice Consultant). Tenho experiência como desenvolvedor, líder, gerente de projetos e Scrum Master. Agilidade em escala e novos modelos de gestão em um mundo em constante evolução são assuntos que me fascinam e por isso busco. apoiar a mudança organizacional das grandes empresas em diferentes níveis

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