Clientes e Talentos são igualmente importantes para um organização, e isso é tão sério, que em certos momentos, fica impossível dizer qual deles vem em primeiro lugar!

Existe uma máxima no marketing que conquistar um cliente novo custa muito mais do que manter aquele seu cliente fiel. 

Segundo Philip Kotler, também conhecido como “pai do marketing”, o custo para adquirir novos clientes pode chegar a 7 vezes mais do que o custo para manter um cliente atual.

Isto porque você terá que investir em publicidade, divulgação, tecnologias e muitas ações para estimular as pessoas a se sentirem confiantes a adquirir os seus produtos, o que em muitos casos significa abandonar um relacionamento com outra marca. 

Mas será que esta máxima se aplica quando o tema está ligado aos “talentos” de uma organização? Qual é a relação entre Clientes e Talentos? 

Eu destaquei 3 fortes motivos para iniciarmos este debate: 

Fit Cultural

Fit cultural

O “match cultural” requer uma busca mais apurada no mercado e um processo de adaptação repleto de incertezas cuja via é de mão dupla:

Organização se adaptando ao novo colaborador e colaborador se adaptando a organização.  

Se o talento sente que está vivenciando aqueles valores que foram colocados como proposta de trabalho o caminho pode ser facilitado. 

A questão é que se o papel aceita tudo, as paredes também. 

Volta e meia eu me deparo com escritórios descolados e paredes adesivadas com as palavras “inovação”, “diversidade”, “foco no cliente” que no fundo tentam esconder uma estrutura totalmente burocrática, “engessada” onde o comando-controle ainda dá o tom de muitas as decisões. 

De fato, se o talento sentir que tudo não passou de um sonho as chances dele ir embora mais rápido do que chegou são enormes. 

Curiosamente, isso também se aplica quando falamos de “Branding” de uma organização. Se a sua marcar não der conta do recado no âmbito das expectativas, jamais conseguirá fidelizar os seus clientes para que retornem.

Parece mesmo que Clientes e Talentos tem muito a ver um com o outro.

No caso de Talentos, podemos pensar os valores de uma organização a partir de 3 visões: 

  • Dentro para fora: Aquilo que os colaboradores vivenciam é muitas vezes propagado para o mundo por eles mesmos. Já notou quantas postagens (não só no LinkedIN) as pessoas fazem contando experiências que vivenciaram no ambiente corporativo? 
  • Fora para dentro: o que acontece fora da organização também afeta quem está nela. Esteja atento a isto e dê respostas rápidas e como a sua empresa se posiciona. 
  • Dentro para dentro: Os valores são orgânicos. A comunicação e comportamentos fluem. Como a organização continua influenciando a cultura? Precisamos realmente parar de pensar que cultura é algo que temos que refletir esporadicamente. Cultura é algo vivo. 

Escassez de Talentos

Escassez de Talentos

Hoje vivemos uma batalha por bons profissionais.

Não é tão difícil ver anúncios de vagas não preenchidas devido a falta de pessoas que atendam a todos os pré-requisitos de determinadas vagas. 

Ficar com a vaga em aberta também pode custar caro. 

Além de diminuir nossa capacidade de entrega, o cenário de escassez leva a empresa a duelar com outras e aqui a concorrência é pesada. 

O quão atrativa é a sua empresa para um determinado candidato a ponto dele optar por você em detrimento de outras propostas? 

Bons salários e bônus generosos sempre serão objeto de desejo, mas não é só isso. 

Oportunidades de crescimento constante, desenvolvimento pessoal e profissional, participar das decisões, equilíbrio entre vida pessoal e profissional são alguns elementos de um pacote básico para atrair bons talentos. 

Curva de Aprendizado

Curva de Aprendizado

As pessoas precisam de tempo para se adaptarem e performarem.

A área de RH tem promovido “onboarding” e integrações muito interessantes e que de certa forma reduzem esta curva de aprendizado.

Estabelecer acordos, ciclos curtos de feedback e treinamentos ajudam, mas de fato esta curva sempre existirá. E tudo isso requer tempo e investimento. 

Tudo isso sem citar o risco deste novo colaborador acabar saindo no início, o que muitas vezes fará com o que o seu processo volte para a estaca zero. 

E para fechar esta publicação podemos novamente recorrer a Kotler: 

“Se você criar um caso de amor com seus clientes, eles próprios farão a sua publicidade”, Philip Kotler. 

Agora leia novamente a frase trocando a palavra “clientes” por “talentos”.

Gostou do texto? Deixe seus comentários abaixo. Abraços e até a próxima! 

Diego Bonilha

Sou instrutor oficial da ICAgile e SPC (SAFe Practice Consultant). Tenho experiência como desenvolvedor, líder, gerente de projetos e Scrum Master. Agilidade em escala e novos modelos de gestão em um mundo em constante evolução são assuntos que me fascinam e por isso busco. apoiar a mudança organizacional das grandes empresas em diferentes níveis

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