Entenda como a desenvolvedora de sistemas se tornou a responsável por implementar a agilidade em uma multinacional
O ano era 2017 e uma experiência anterior trabalhando com agilidade em um startup havia a traumatizado devido a falta de objetivos claros e entregáveis para o mercado.
Mas, se a ideia de voltar a trabalhar com esse pensamento parecia difícil, mais complexo ainda seria deixar tal desafio de lado.
Hoje, passadas as frustrações daquele primeiro contato, Isabel tem como meta profissional ser uma referência no processo de transformação ágil indo além da Tecnologia da Informação – sua área de formação e atuação.
É sobre esse processo de mudança de mindset que a gente apresenta hoje mais um case aqui no blog: a da gestora de projetos Isabel Barbino.
E, para entender como houve essa mudança de mentalidade e Isabel deixou de ser a jovem traumatizada para se tornar a responsável por implementar a agilidade em projetos de uma multinacional é necessário que a gente volte um pouquinho na história dessa profissional.
Carreira
Isabel se formou em Tecnologia da Informação e Desenvolvimento de Software. Sua meta, à época, era atuar nessa área e de lá até aqui realizou seu objetivo: passou por diferentes empresas de diversas áreas e distintos mercados.
Mas, uma dessas empresas é de extrema importância para que possamos entender o processo profissional de Isabel.
Em 2008 ela trabalhou em um startup. Isabel havia acabado de sair de uma empresa BPO e o novo emprego e a maneira como utilizava a agilidade era longe do que Isabel gostaria de ter em um futuro profissional.
Ali ela não conseguia medir resultados, traçar metas objetivas e não ficava muito claro para qual caminho os profissionais seguiam e, menos ainda, para onde iria tal empresa.
Não demorou muito tempo para que Isabel buscasse novas oportunidades no mercado quando uma empresa da área de serviços apresentou uma proposta interessante. Por ali, ela ficou cerca de três anos, mas resolveu largar tudo para empreender.
Em seu novo desafio, atuou como personal coaching, deu consultoria em TI para pequenas empresas, trabalhou junto a diretores de distintos segmentos, mas largou tudo para ir a uma multinacional – onde se encontra hoje – e assumir um novo desafio.
DESAFIO
Foi assim que Isabel galgou seu caminho até se tornar a responsável por implementar a agilidade na multinacional onde trabalha. Da descoberta do ágil, em 2008, até a sua retomada prática na área, em 2019, na liderança de novos projetos da empresa, um caminho de crescimento e amadurecimento aconteceu.
E, se antes a aplicação da agilidade ocorria quase que por instinto, os treinamentos em “Agile Coaching Certification – ACC” e “Certified Agile Transformation – CAT” realizados no início de 2021 vieram para ratificar a aplicação dos métodos e somar com novos conhecimentos o dia a dia de trabalho.
“Muitas das coisas que eu fazia antes eram por instinto, pela experiência, então eu acabava ficando um pouco desconfortável para realizar as atividades que precisam ser feitas e as formas de conduzir os processos. Os treinamentos foram essenciais para corroborar o que eu já praticava por intuição. Sinto-me mais confiante nos passos a seguir no processo de transformação ágil”, diz Isabel.
Com conteúdo aplicável, ela saiu dos treinamentos com um plano de ação e começou a levar uma nova dinâmica para o time do projeto.
Apenas dois meses pós-formação, ela já consegue ver os resultados por meio do fortalecimento da confiança do time em relação à metodologia, assim como o engajamento da gerência em seguir com a abordagem ágil.
Em entrevista exclusiva para a nossa equipe, Isabel salientou que o processo de mudança não é fácil.
“Há desníveis de mentalidades no time e, na organização, é preciso estruturar meios de atender as necessidades de diferentes públicos: dar abertura ao time, dentro das expectativas para verificar o que pode ou não ser atendido. E o mesmo para a diretoria”,
conta ela, destacando os usos do Scrum para a Squad de Desenvolvimento e Kanban para o time de líderes dos grupos de trabalho.
“O maior desafio com a agilidade foi o de mudar ‘mindset’, deixar de ficar fazendo comparativo com a metodologia tradicional e conduzir o time para pensar em pequenas entregas: com mais frequência, principalmente conviver com as falhas e partir para discutir um plano de ação. Algumas pessoas se sentem muito desconfortáveis em lidar com mudanças de prioridades e incertezas”, analisa.
Do desafio à paixão
Com a bagagem profissional acumulada ao longo das empresas por onde passou, Isabel agora vive um momento em que considera ser um ponto alto de sua carreira.
“O que espero daqui para frente é me tornar uma referência em conduzir processos de transformação ágil onde quer que eu esteja trabalhando”,
planeja.
Isabel destaca que tem tido contato com colegas em outras regiões do globo, consultorias de desenvolvimento de software de diferentes tamanhos, assim como com clientes e parceiros.
“É um consenso que esse é um movimento que é a nova realidade daqueles que querem perpetuar a lucratividade dos seus negócios”, disse.
Para ela, esse movimento vai demandar que empresas e colaboradores tenham uma visão diferente.
“Sobreviverão aqueles profissionais que aceitarem essa mudança e investirem no seu aperfeiçoamento, pois ‘ou você conduzirá a mudança ou será conduzido por ela’”, finaliza.