O que é STATIK?
STATIK (Systems Thinking Approach To Introducing Kanban) é uma abordagem para introdução do método Kanban. Lendo este artigo, você vai aprender:
- Por que utilizar o STATIK
- Quais os passos do STATIK
- Como aplicar o STATIK
Por que utilizar o STATIK?
O Kanban é um método de gestão de fluxo de entregas, baseado na filosofia Lean e preceitos do Sistema Toyota de Produção.
Foi elaborado, como método, por David Anderson sob uma abordagem evolucionária de melhoria contínua.
Entrando um pouco no mérito das comparações com Scrum e SAFe, o Kanban tem uma certa fama no mercado, de ser pouco ou nada prescritivo.
Neste artigo, não vou entrar na polêmica de comentar se isto é verdade ou não, ou se é ruim ou bom, mas destacar que toda filosofia de trabalho tende a ter sua adoção facilitada por práticas estruturadas de avaliação de contexto, definição de propósito, melhorias evolucionárias e gestão da mudança.
É aí onde o STATIK entra!
A prática permite introduzir o método Kanban em determinado ambiente, de forma estruturada e nem por isso engessada.
Com uma sequência de passos, que vão desde o entendimento do propósito, mapeamento de dores e passando pela modelagem de um sistema otimizado, as organizações conseguem se beneficiar do método sem deixar de lado contextos pré-existentes que não podem (ou nem precisam) mudar da noite para o dia.
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Quais os passos do STATIK?
O STATIK é aplicado através de alguns passos, que não necessariamente são executados de forma sequencial, mas consistem em dimensões de coleta de informações, análise de contexto e proposições para uma gestão de fluxo adequada ao cenário em questão.
Os passos são os seguintes:
- Propósito: Entender o propósito de existência de um sistema, equipe ou organização, através da consciência de quem são os clientes, que necessidades eles possuem, ou que problemas eles querem resolver.
- Insatisfações: Entender os pontos de dor e as oportunidades de melhoria, tanto no contexto interno do sistema analisado, quanto nas insatisfações externas àquela estrutura mas que acabam afetando o ambiente.
- Análise da demanda: Entender o contexto atual, através da consideração do cenário As-Is com relação à natureza e os tipos de demandas existentes e gerenciados.
- Análise de capacidade: Entendimento da carga de trabalho, disponibilidade e poder de entrega das pessoas que compõem a estrutura.
- Workflow: Mapeamento das etapas que compõe o fluxo de entrega do produto ou solução, baseado nos tipos de demanda existentes.
- Classes de serviço: Mapeamento das políticas de priorização e formas de gestão conforme agrupamento dos tipos de demandas em características como “Urgente”, “Data Fixa”, “Padrão”, “Intangível”.
- Modelar o sistema: Desenho do sistema Kanban, através de uma visão sistêmica e otimização do fluxo existente de trabalho.
- Rollout: Iniciar a aplicação prática do Kanban e permanecer coletando feedbacks ao longo do tempo para uma abordagem de mudanças evolucionárias.
Como aplicar o STATIK?
O STATIK pode ser aplicado através de workshops colaborativos, com engajamento sob demanda de todas as pessoas que estão envolvidas no sistema em avaliação.
Se pode utilizar um Canvas, para agrupamento das informações de forma visual, contando com os dados para a tomada de decisões necessárias.
De forma geral, o método Kanban visa olhar para uma sistema, ou seja, uma cadeia de valor que pode ter seu fluxo de entregas otimizado operacionalmente.
Contudo, outra aplicação possível do STATIK, seria na formação de novas equipes – uma vez que esta equipe estava situada dentro de uma cadeia de valor qualquer, a prática pode ser utilizada como estruturante do time em formação, direcionando as pessoas para o propósito, referências de processo e das formas de visualização e gestão do trabalho.
Se você quer saber mais sobre como aplicar o STATIK na prática, saiba que o Treinamento Kanban System Design (KMP I/KSD) ensina essa abordagem para você iniciar com o Kanban em sua empresa o mais rápido possível.
