Segue abaixo um breve vídeo gravado da minha participação no Conversa Rápida de Dezembro de 2013.  Nessa conversa rápida, apresento o conceito, ainda em construcão, de NemoCracia.  Esse conceito nasceu de observações sobre um fenômeno organizacional. Esse fenômeno  acontece na maneira como os indivíduos se relacionam com as organizações (e vice-versa) em  estruturas mais flats ou baseadas em redes. Estruturas mais flats (menos hierarquizadas) e/ou baseadas em redes estão presentes em modelos como auto-organização, auto-gestão, democracia organizacional, gestão 3.0, Beyond Budgeting (BetaCodex), Holacracia.

A ideia base da NemoCracia é que pode ser bastante nocivo que a menor unidade gerenciável de uma organização seja o indivíduo.  Na prática, nos modelos de gestão que preconizam uma estrutura organizacional mais flat ou em rede, temos como efeito o fato que a menor unidade para a gestão, em empresas que estão vivendo esses modelos, sejam  as células (times).

Nesse modelo fenomênico, ao invés de termos uma abordagem individual de responsabilização (posiçõesmetas, métricas, indicadores, bônus, ônus) sobre o trabalho, temos um modelo  onde o que é medido e gerenciado são os resultados gerados pelo trabalho coletivo de um time, por exemplo. O time, nesse caso, atua de forma atômica. Como uma espécie de caixa-preta para a organização. A organização acaba muito mais se preocupado com a macro-gestão do time (através de restrições) e o próprio time, cuida de sua micro-gestão.

Bom, para entender melhor, assista o vídeo abaixo (ele tem 09:35 min). Como é um conceito ainda em elaboração, fique a vontade para fazer comentários, perguntas etc. Em breve pretendo escrever ainda mais sobre assunto.

Este post tem 4 comentários

  1. Daniel Wildt

    Boa Manoel… a minha visão é que o bônus e o ônus são sempre da equipe. E as restrições (adoro essa palavra) funcionam para balancear e ajudar o time no seu desenvolvimento.

  2. Denis Petri

    Para uma empresa adotar essa pratica de ver “apenas” o time como a menor unidade, o time teria que ter poder de meritocracia interna, aonde o próprio time adotaria a prática de analise de salários, prêmios, etc. Não vejo muitas empresas, e muito menos profissionais preparados para ter uma responsabilidade dessas. Alias, acredito que a pior parte sejam os profissionais, encontrar pessoas livres de inveja, de ambição (utilizando aqui a pior parte da ambição, ganhar dinheiro sem gostar do que faz), de competitividade que é tão badalada pelos administradores de empresas (vide O Aprendiz). As empresas ao mesmo tempo em que falam que as pessoas devem trabalhar em equipe, com a analise individual promovem a competição entre os mesmos, afinal se eu for melhor que fulano, vou ganhar mais, ou se eu fizer mais coisas (não importa qualidade) vou ganhar mais e ser reconhecido. Não consigo ver onde isso é saudável… Enfim, gostei bastante da idéia, mas existe um grande caminho a percorrer… Concorda?

  3. Manoel Pimentel

    Com toda a certeza, Denis. Apesar de, talvez, termos alguns ensaios disso, ainda temos um bom caminho a percorrer.

    Valeu!

  4. Ester Lima de Campos

    Bacana Manoel! Nemocracia! Quero ouvir mais sobre a evolução desse seu novo conceito.

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